Saturday, April 19, 2008


Acordou, mais um dia numa vida de sentido indefinido. A mesma rotina, tantos episódios repetidos, constantes dejá vu's (serão reflexos de uma vida em repetição?). Tantos rumos definidos e outros tantos percorridos. Mas como pode tanto ter-se passado sem que tenha dado por isso? Como pôde percorrer meio mundo e ainda arrastar consigo os mesmos velhos problemas?

Acordou, olhou pela janela e simplesmente sentiu-se pequeno de mais. Ele viu. Naquele momento soube o que é ser pequeno: Somos pequenos elásticos que tentam não romper quando são esticados para todos os lados por tantas forças na nossa vida.

[ciclos? - 2008-02-15 - imponderável]

3 comments:

Anonymous said...

arrasta os mesmos problemas porque nunca os soube resolver. e multiplicam-se, replicam-se, aparecem mascarados, disfarçados, qnd fingia já os ter esquecido.

o elástico foi esticado demais. deu um nó e tentou continuar. mais frágil mas ainda funcional. seguia em frente, pior nunca ficaria.

dizes que não saiu nada de jeito mas sinto-me exactamente assim. um conjunto enorme de pequenas e grandes decisões trouxe-me ate aqui. neste momento passeio no nó dado ao elástico, sem saber q direcçao seguir...


[oops, apoderei.me da tua comment box para escrever =P]

Anonymous said...

a cicatriz é sempre menos flexível, menos extensível. a cicatriz só fortalece ossos, os nossos alicerces.

Anonymous said...

Sempre me perguntei por que razão a tristeza e a melancolia nos consomem e absorvem de uma forma que mais nenhum estado de espírito consegue fazer. São momentos em que precisamos de um abanão, de uma nova razão para sorrir e para voltar a acreditar na vida e em tudo o que esta tem para nos oferecer. Senão não passamos de viajantes sem rumo, sem sentido, que se limitam a percorrer caminhos só porque sim, só porque nos ensinaram que assim deve ser... E desta forma vemos a vida passar por nós, como meros espectadores de um filme que devia ser o nosso!!! Não podemos é desanimar e perder o controlo da situação. Temos de parar de ver os novos dias, as novas experiências, como simples lugares comuns e saborear cada momento de forma a nos sentirmos realizados e satisfeitos com as nossas escolhas! Mas talvez isto seja uma utopia, uma realidade paralela àquela em que vivemos...

Espero sinceramente que o teu elástico não chegue a quebrar e que nos momentos de maior fragilidade consigas reerguer a cabeça (como sei que consegues) e voltar a acreditar que a vida ainda tem muito para te oferecer, porque tem mesmo!!!

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